Conhecer a si mesmo, saber como será o
curso e se informar a respeito do dia a dia da carreira são passos fundamentais
para acertar na decisão. Veja onde buscar essas informações
Uma escolha profissional consciente
leva em conta pelo menos três elementos: quem é você, o que se estuda durante o
curso e como é o dia a dia da profissão. “O primeiro ponto importante para a
decisão responsável é o autoconhecimento. O estudante deve se voltar para ele
mesmo, precisa conhecer suas habilidades, seus interesses e seus valores”,
afirma Selena Garcia Greca, psicóloga especialista em orientação profissional e
desenvolvimento de carreira. Não adianta cursar Arquitetura ou Design, por
exemplo, se você não possui um traço legal na hora de desenhar, ou estudar
Filosofia se não está disposto a ficar horas e horas lendo.
O próximo passo é buscar informações
sobre o curso em que você planeja passar quatro ou cinco anos. Uma dica
importante é verificar a qual grande área do conhecimento a graduação pertence:
Ciências Humanas, Ciências Biológicas ou Ciências Exatas. “Muitos escolhem
Engenharia Ambiental imaginando que é um curso da área Biológica, porque trata
do meio ambiente. E só descobrem que a graduação está ligada à área de Exatas
quando estão dentro do curso”, alerta.
A carreira
As feiras de cursos e profissões
organizadas por escolas e universidades são uma boa oportunidade para conhecer
a rotina de cada profissão.
Além disso, é importante visitar
ambientes de trabalho e conversar tanto com quem acabou de entrar no mercado
quanto com profissionais mais experientes.
O objetivo é conhecer o lado agradável
e o lado espinhoso da profissão. “Proponho ao aluno fazer entrevistas com
profissionais. Ele deve levar uma lista de perguntas. O estudante pode
questionar quais foram as piores dificuldades que o profissional encontrou e
como enfrentou a situação”, exemplifica Flávio Pereira, psicólogo e conselheiro
vocacional.
[...]
Autoconhecimento
Quem está muito indeciso pode procurar
pelos serviços de orientação profissional oferecidos por universidades, escolas
e consultórios de psicologia. Não se deve confundir orientação profissional com
teste vocacional, modelo muito comum há alguns anos e ainda é encontrado aos
montes na internet.
O teste consiste num questionário
rápido e simples, que aponta algumas áreas de afinidade do estudante. A
orientação inclui também entrevistas com psicólogos, pesquisas sobre diferentes
ocupações e, algumas vezes, dinâmicas de grupo.
“É um processo mais demorado, que
depende muito de cada pessoa. Há jovens que em três ou quatro encontros
semanais já definiram uma carreira. Mas, em média, são necessários oito
encontros”, afirma a psicóloga Luciana Albanese Valore.
A orientação profissional não aponta
os cursos ideais para cada um; essa é uma decisão que só você pode tomar. “Não
é dada uma resposta pronta. Costumo dizer que a pessoa entra com uma minhoca ou
duas na cabeça e sai com várias. Mas os encontros criam um antídoto contra
fantasias, da pessoa que participa da orientação e dos outros que convivem com
ela”, explica Flávio Pereira, psicólogo e conselheiro vocacional.
O curso
Um dos caminhos é visitar feiras.
Nesses locais você pode conversar com estudantes e professores, que
apresentarão o curso e as possibilidades de atuação profissional.
Não se esqueça, porém, de que essas
pessoas estarão lá para convencê-lo. “Na faculdade, o pessoal está preparado
para vender o curso. Isso pode gerar mais fantasia na cabeça do jovem”, afirma
Flávio Pereira, psicólogo e conselheiro vocacional.
Luciana Valore concorda e diz que é
importante procurar também outras fontes de informação. “Nas feiras, alunos e
professores apaixonados pelo curso é que falam sobre a profissão. De
preferência, o jovem deve conversar com vários profissionais, com pessoas do
meio acadêmico e com quem está no mercado”, diz.
Outra dica é conhecer as matérias
básicas de cada curso e analisar os currículos de várias instituições de
ensino, pois a mesma graduação pode ter ênfase diferente de acordo com a
universidade. Você também deve visitar os laboratórios e as outras instalações
do curso, para verificar como se sente nesses locais.
[...]
CAMPOS,
Marcela. Os três pilares que sustentam a
escolha da profissão. Disponível em: HTTP://www.gazetadopovo.com.br/vestibular/conteudo.phtml?tl=1&id=1098270&tit=Os-tres-pilares-que-sustentam-a-escolha-da-profissao. Acessado em: 14
nov. 2011.
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