Assim como existe a poluição do ar, pelos resíduos gasosos e partículas lançados pelas chaminés e escapamentos de veículos, e a poluição da água, pelo lançamento de resíduos líquidos das casas e das indústrias, também existe a poluição do solo. Ela é causada pelo lançamento de resíduos sólidos ao solo, mais uma vez vindos das casas e das fábricas. Resíduos sólidos são o que normalmente costumamos chamar de lixo das cidades.
Uma cidade de 1 milhão de habitantes necessita recolher e transportar cerca de cem caminhões de lixo diariamente! Isso, sem contar o lixo produzido pelas indústrias.
Mas esse ainda não é o maior problema. A grande dificuldade está em onde colocar todo esse lixo.
Em geral, o lixo de uma cidade é enterrado em aterros sanitários, ou é queimado em incineradores, ou transformado em adubo nas fábricas de composto. Só que em muitas cidades nada disso é feito. O lixo é simplesmente jogado em terrenos baldios nos arredores da cidade, onde servem de ambiente à proliferação de moscas, baratas, ratos e urubus! E, como se não bastasse, o lixo, ao decompor-se, produz um líquido chamado chorume, que se infiltra nos solos causando sua intoxicação, podendo torná-los estéreis, além de poluir as águas dos poços e lençóis subterrâneos.
Argel Branco. Ecologia da Cidade. São Paulo: Moderna, 1991.
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